FRAGMENTOS, FRAGMENTOS, FRAGMENTOS
"MFPC 42 REVFP11 (Turbulência)"
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76 x 57 cm - Lápis artístico sobre papel
"Um artista não deve pintar o que vê, mas o que será visto".
(Paul Valéry)
As 'evidências' de Deonomo - suas Manifestações Fragmentais - carregam, sim, inteirezas, apresentando universos investigativos / construtivos próprios que, longe de afirmar certezas ou verdades absolutas, apresentam possibilidades e questionamentos.
Algumas aparentam ser resultantes de buscas, desejos por encontrar - e então poder oferecer e compartilhar - possíveis ordenações, geradas da vontade da verificação da existência (?) de estruturações / equalizações entre forças opostas, mostrando-se momentos de um equilíbrio não neutro ou simétrico, onde tais forças se anulariam, mas equilíbrios frágeis, talvez momentos de estabilidade instável e, com isso, cada obra revela seu próprio caráter dinâmico, sua vida.
Por vezes tais Manifestações não se mostram como resultantes, mas como constatações, gritos indignados expressando e denunciando o próprio caos.
Por vezes são doces como acalantos...
São e sempre serão frutos de períodos, de estações, porém sempre derivadas e construtoras de um 'todo' maior.
Evidenciando sua características de 'inteirezas fragmentais' e baseando-se na estruturação histórico-mitológica de Deonomo, as Manifestações Fragmentais são identificadas por um Código seguido de um Título vulgar.
Ao mesmo tempo que o código se mostra enigmático, ele é espécie de chave situacional no espaço-tempo de Deonomo - composto por indicações da Era, Período, Fase ou Série, além de uma identificação numérica e a citação do ano de sua produção. Já o Título Vulgar faz, sim, referência à inteireza da obra em si (uma indicação de tema, por exemplo).
Contentar-se com o uno ou percebê-lo como parte integrante de algo maior? Nisto um posicionamento crítico com relação ao consumo superficial das coisas no mundo contemporâneo. O Título Vulgar faz a referência ao uno, já o Código transforma tal inteireza em parte, em fragmento e a tal 'inteireza' passa a ser superficial, isso sendo convite ao diálogo e a uma reflexão mais profundos.
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