domingo, 25 de maio de 2014

HISTÓRIA E MITOLOGIA 02 (Chaves para Deonomo 08)


ARQUEOLOGIA



Marco Braga
"SÉRIE DAS CONCHAS"
"MFPA89 a159 (Conchas No. 01)"
"MFPA89 a160 (Conchas No. 02)"
"MFPA89 a161 (Conchas No. 03)"
© Todos os direitos reservados / All rights reserved
48 x 33 cm - Pastel seco sobre papel

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Ante a descoberta de vestígios de uma civilização desaparecida o arqueólogo vai montando, formulando, desvendando, evocando sua história. A Arqueologia de Deonomo é análoga a esse processo, onde o arqueólogo passa a fazer relações e tentativas de montagem em busca de possíveis inteirezas, significações, propósitos e usos, tecendo teorias que acabam ou não se mostrando verídicas. Fragmentos arqueológicos são testemunhos de um viver e, da mesma forma, as Manifestações Fragmentais Arqueológicas de Deonomo os são, não devendo ser vistas como 'peças estanques meramente exibidas, velharias sobre as quais se passa os olhos', mas percebidas como peças construtivas sob o olhar entusiasmado do arqueólogo ante suas descobertas.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Frase de Eric Laudowski (Chaves para Deonomo 08)

Marco Braga
"MPFC 121 DEFDEO14 (OLHOS No. 02)"
© Todos os direitos reservados / All rights reserved
30 x 20 cm - Lápis artístico sobre papel

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"Admitamos assim, intuitivamente, a possibilidade de distinguir duas maneiras de viver nossa relação com o mundo sensível e, de forma correlata - conforme permaneçamos distantes das coisas ou nos deixemos, por assim dizer, contaminar porelas - dois regimes de sentido tais que a passagem de um a outro implicaria algo como um salto qualitativo na ordem da inteligibilidade".
(Eric Laudowski)

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quinta-feira, 22 de maio de 2014

HISTÓRIA E MITOLOGIA 01 (Chaves para Deonomo 07)


A ESTRUTURAÇÃO HISTÓRICO-MITOLÓGICA DE DEONOMO

Marco Braga
"MFPC 44 REVFH11 (Horas No. 01)"
© Todos os direitos reservados / All rights reserved
50 x 40 cm - Lápis artístico e tinta metálica  sobre papel

Liberdade poética: Evidenciando a relação espaço / tempo, Deonomo apresenta uma estruturação histórico-mitológica composta por duas grandes Eras indicando sua cronologia (tempo). Tais eras são subdivididas (num caráter um tanto provisório) em Períodos e estes, por sua vez, apresentam Fases ou Séries sugerindo, por exemplo, campos investigativos (espaço).

Era Pré-Diluviana
Manifestações arqueológicos (até 2009)
Período Arcaico
Primeira Idade de Ouro
Idade de Prata
Idade de Bronze
(DILÚVIO)
Era Pós-Diluviana
Manifestações contemporâneas
(a partir de 2009)
Período da Revelação (REV)
Fase do Mergulho (FM)
Fase dos Papéis (FP)
Fase das Horas (FH)
Período da Reconstrução
(REC)
Série Joias da Coroa (JC)
Série Fluente Mundi (FL)
Período da Definição (DEF)
Série DEONOMO (DEO)

quarta-feira, 21 de maio de 2014

FRAGMENTOS, FRAGMENTOS, FRAGMENTOS (Chaves para Deonomo 06)

FRAGMENTOS, FRAGMENTOS, FRAGMENTOS

Marco Braga
"MFPC 42 REVFP11 (Turbulência)"
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76 x 57 cm - Lápis artístico sobre papel

"Um artista não deve pintar o que vê, mas o que será visto".
(Paul Valéry)

As 'evidências' de Deonomo - suas Manifestações Fragmentais - carregam, sim, inteirezas, apresentando universos investigativos / construtivos próprios que, longe de afirmar certezas ou verdades absolutas, apresentam possibilidades e questionamentos.
Algumas aparentam ser resultantes de buscas, desejos por encontrar - e então poder oferecer e compartilhar - possíveis ordenações, geradas da vontade da verificação da existência (?) de estruturações / equalizações entre forças opostas, mostrando-se momentos de um equilíbrio não neutro ou simétrico, onde tais forças se anulariam, mas equilíbrios frágeis, talvez momentos de estabilidade instável e, com isso, cada obra revela seu próprio caráter dinâmico, sua vida.
Por vezes tais Manifestações não se mostram como resultantes, mas como constatações, gritos indignados expressando e denunciando o próprio caos.
Por vezes são doces como acalantos...
São e sempre serão frutos de períodos, de estações, porém sempre derivadas e construtoras de um 'todo' maior.

Evidenciando sua características de 'inteirezas fragmentais' e baseando-se na estruturação histórico-mitológica de Deonomo, as Manifestações Fragmentais são identificadas por um Código  seguido de um Título vulgar.
Ao mesmo tempo que o código se mostra enigmático, ele é espécie de chave situacional no espaço-tempo de Deonomo - composto por indicações da Era, Período, Fase ou Série, além de uma identificação numérica e a citação do ano de sua produção. Já o Título Vulgar faz, sim, referência à inteireza da obra em si (uma indicação de tema, por exemplo).

Contentar-se com o uno ou percebê-lo como parte integrante de algo maior? Nisto um posicionamento crítico com relação ao consumo superficial das coisas no mundo contemporâneo. O Título Vulgar faz a referência ao uno, já o Código transforma tal inteireza em parte, em fragmento e a tal 'inteireza' passa a ser superficial, isso sendo convite ao diálogo e a uma reflexão mais profundos.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Sobre o conceito de Deonomo (Chaves para Deonomo 05)

Marco Braga
"MFPC 70 RECFL11 (A Árvore do Conhecimento)"
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50 x 40 cm - Lápis artístico e tinta metálica sobre papel


Sobre o conceito de Deonomo


Dentre as evidências de Deonomo, o Fluente Mundi estão as obras designadas:
MFPs - Manifestações Fragmentais Plásticas (de caráter visual-tátil);
MFDs - Manifestações Fragmentais Documentais (escritas).
Nas Manifestações Fragmentais tidas como 'arqueológicas' já me assinei MAB, Braga, Marco Braga e, nas 'contemporâneas', M. Braga e Argo Sence.

Produto e parte integrante e produtiva da visão (estética) de mundo, Deonomo ao mesmo tempo designa um território de investigação e produção e seu conceito pode, igualmente, ser visto como Manifestação Fragmental (uma Manifestação Fragmental Conceitual e Contemporânea) o que traz curiosa dicotomia: designando território e sendo conceitualmente Manifestação Fragmental, Deonomo une em si a característica de ser ao mesmo simultaneamente criador e criatura, um produto de si mesmo.

O epíteto 'Fluente Mundi' também evidencia característica dual: a da relação espaço / tempo. Como 'mundo' Deonomo apresenta configuração espacial a ser investigada e construída (espaço mental derivado da percepção e vivência do mundo ao redor). Marcado por sensações, buscas, descobertas, construções, reformulações, adequações, apresenta-se a fluência de Deonomo, seu dinamismo, resultante dos tantos questionamentos ante a inconstância e a constância, a finitude e o cíclico, as características temporais e não-temporais.

domingo, 18 de maio de 2014

Sobre a estruturação histórico/mitológica de Deonomo (Chaves para Deonomo 04)

    
Marco Braga
"Tríptico 'Os Destinos'"
"MFPA 90 a231 (Destino No. 01)" (esquerda)
"MFPA 90 a232 (Destino No. 02)" (centro)
"MFPA 90 a233 (Destino No. 03)" (direita)
© Todos os direitos reservados / All rights reserved
32 x 73 cm - Lápis artístico sobre papel

"Um artista não pode ser visto como sonhador alheio ao mundo, ao contrário, ele é um investigador do mundo e sua arte deriva de sua relação com ele.
Sonhadores todos somos e devemos ser, apenas o artista carrega a característica de ser materializador de sonhos.

Não sei quanto ao fazer dos outros, para mim a sensação é a de coisas pedindo para ser declaradas, registradas, encorporadas, manifestadas."
"MFDC" - Argo Sence

Sobre a estruturação histórico/mitológica de Deonomo

Numa liberdade poética, também evidenciando a relação espaço / tempo, Deonomo apresenta uma estruturação histórica composta por duas grandes Eras - Eras subdivididas em Períodos e estes, por sua vez, apresentando Fases ou Séries.
Enquanto as Eras indicam cronologia (tempo), os Períodos, Fases e Séries sugerem campos investigativos (espaço).

Dessa liberdade poética derivam as denominações 'arqueólogo' e 'construtor' fazendo referência à (tentativa) de compreensão Deonomo numa defesa de um viver onde o tão efêmero hoje é encarado como resultado de um passado (arqueologia) e elemento estruturador de um futuro (construção).

sábado, 17 de maio de 2014

FLUIR (Chaves para Deonomo 03)

Marco Braga
"MFPC 97 DEFDEO13 (Deonomo)"
© Todos os direitos reservados / All rights reserved
52 x 77 cm - Lápis artístico, tinta metálica e tinta acrílica sobre papel

FLUIR

"Se realmente tivéssemos a possibilidade de parar por um momento, qual a sensação? Talvez a da pele sendo roçada pelo contínuo fluir do tempo. Poderíamos então admirar os quantos apenas se deixam levar pelo sentido da corrente. Mas descobriríamos alguns lutando bravamente contra ela. E também alguns poucos descrevendo movimentos frenéticos num ir e vir, desejosos pela apreensão de algo além da simples verificação do eterno fluir. Talvez estes queiram apreender algo que possa estar oculto na totalidade da configuração do leito desse fluxo. De qualquer forma todos acabarão chegando a um só lugar nessa fluência que trás, em si, a convivência de todos os tempos."
"MFDC 12 (Fluir)", Argo Sence

quinta-feira, 15 de maio de 2014

MANIFESTAÇÕES FRAGMENTAIS (Chaves para Deonomo 02)

Marco Braga
"MFPC 89 RECFL12 (NAVEGAR É PRECISO)"
© Todos os direitos reservados / All rights reserved
73 x 51 cm - Lápis artístico, tinta acrílica e tinta metálica sobre papel

MANIFESTAÇÕES FRAGMENTAIS

As formas de interação de uma personalidade com o mundo - suas ações e reações, opiniões, gestos, atitudes, realizações... - são Manifestações derivadas de vida e vivência e, consequentemente, de uma visão de mundo particular, pessoal e personalista. Por mais abrangente que seja nossa visão de mundo, ou seja, por mais aberto que estejamos para conhecer e (tentar) compreender o mundo ao redor, há limitações de várias ordens. Em primeiro apreendemos, sentimos, percebemos, reagimos não ante ao 'todo', mas às partes desse 'todo' ao redor - e esse 'todo' constantemente apresenta novidades, É dessa vivência e visão limitadas que resulta a produção de nossas Manifestações: fragmentos do 'todo' percebidos por uma visão igualmente fragmental gerando, portanto, manifestações igualmente fragmentadas.

Aceitar essa característica fragmental da vida é uma necessidade, porém fazê-lo de forma passiva, conformada e superficial, é como deixar-se conduzir pelos caprichos de marés e correntes instáveis - e apesar disso aparentar mobilidade, quando visto de certa distância, se percebe: o agente de tal aceitação passiva, na realidade, está em estado de inércia e estagnação.

A conscientização da fragmentalidade da vida assumida (vivida / vivenciada) não de forma passiva e resignada, mas, sim, encarada na investigação de suas possibilidades estruturais e estruturantes está nas bases do conceito de Deonomo, o Fluente Mundi.

(Do 'Projeto Deonomo', Marco Braga)

terça-feira, 13 de maio de 2014

"TRAJETÓRIA" (Chaves para Deonomo 01)


DEONOMO

Marco Braga
"MFPC 18 REVFM10 (A ROSA No. 01)"
"MFPC 19 REVFM10 (A ROSA No. 02)"
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30 X 23 cm - Lápis artístico sobre papel

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"A trajetória de um artista deixa como rastro obras evidenciando etapas de buscas -  buscas tantas vezes inconscientes e intuitivas - onde quando são encontrados indícios de possíveis respostas passam a ser vislumbradas insinuações, silhuetas, daquilo pelo qual se vinha buscando. Retratos daquilo visto e sentido ou vontades daquilo a ser visto, a ser sentido? Registros ou idealizações? Denúncias e carícias. Gritos silenciosos. Sussurros de arrepiar a pele.
Tempo materializado em espaço, espaço composto por desejo de continuidade no tempo."
"MFDC 13 (Trajetória)" - Argo Sence


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domingo, 11 de maio de 2014

DEONOMO - "SINAIS - MFDC REV 13"

Marco Braga
"MFPC 86 RECFL12 (CÉLULA MATER No. 01)"
© Todos os direitos reservados / All rights reserved
36 x 48 cm - Lápis artístico, tinta acrílica e tinta metálica sobre papel

SINAIS

Lanço agora as peças do quebra cabeças
Confundindo jogos, propondo brincadeiras
Lanço-as como quem lança papéis pelas janelas
nas comemorações de final de ano.
Saia atrás delas e monte a história
a minha
a sua
São sinais
Memórias
Invenções e evidências
Ocultamento e revelações
Chaves, cadeados
Portas e janelas entreabertas
Verdades e mentiras
Crenças e blefes
Lanço agora as pedras
Como cartas de baralho
E desafio ao montar castelos
Todos serão possíveis
Porém todos serão frágeis
E fortes...

"SINAIS - MFDC REC13", Argo Sence

sábado, 10 de maio de 2014

PROJETO DEONOMO - Introdução (06) - Seja bem vindo a DEONOMO





Marco Braga
"MFPC 69 RECFL11 (Um Olhar)"
© Todos os direitos reservados / All rights reserved
110 x 38 cm - Lápis artístico e tinta metálica sobre papel

Cada Manifestação Fragmental carrega em si sua inteireza gerada de uma possível estruturação/equalização composta por oposições, revelando/registrando momento de equilíbrio não neutro ou simétrico (onde tais forças se anulariam), mas equilíbrio frágil, talvez mais um momento de 'estabilidade instável' e, com isso, revelando seu dinamismo, sua vida. Porém, fruto de um momento, de uma 'estação', a obra indica não ser única, mas, sim, participante pulsante de algo maior. Assumidas em sua característica fragmental - fragmentos de um todo - as Manifestações Fragmentais aproximadas, combinadas ou até (re)construídas, geram novas partes, novas obras, novos fragmentos, e nisto consiste outra das bases para o Projeto Deonomo -  também ele uma grande Manifestação Fragmental, uma das tantas que compõem, podem compor ou ao menos sugerir uma indicação da possível (mas não decisiva) inteireza de Deonomo, o Fluente Mundi, um mundo derivado de vivência, investigação, descoberta, construção e adequação, um mundo cuja inteireza, tenho consciência, não será conhecida, pois resulta e continuará resultando de processo contínuo - processo que, disso também estou certo, ficará inacabado.

E são estas indicações da possível inteireza de Deonomo que compartilho, esperando que, ao fazê-lo, esteja contribuindo de alguma forma e que possam passar a fazer parte da construção de (seus) outros mundos.


Sou Marco Braga, nascido em São Paulo. Brasil, na madrugada do dia 21 de agosto de 1963. Artista plástico, professor, metido a poeta e escritor, um apaixonado pela arte que sempre este em meu histórico, seja fazendo, seja fruindo, seja pesquisando sobre ela. E Deonomo é fruto dessa paixão.


Seja bem vindo a Deonomo, o Fluente Mundi.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

PROJETO DEONOMO - Introdução (05)

Marco Braga
"MFPC 40 REVFP11 (Desnudamento No. 05)"
© Todos os direitos reservados / All rights reserved
50 x 40 cm - Lápis artístico sobre papel

De forma construtiva (e tentando ser positivista), o indivíduo, a busca e a defesa de sua identidade, assim como as formas de relação dessa identidade com a sociedade e o mundo estão entre os temas do 'Projeto Deonomo, questionando características vivenciadas no mundo contemporâneo: o consumo imediatista, sofrego e superficial; a descartabilidade, a desconfiança, a insegurança, a solidão; a aparente urgência no afã de viver um hoje e um agora de forma efêmera e descompromissada, como se esse hoje não fosse resultante e dependente de um ontem e elemento estruturador de um amanhã. Tomando o indivíduo como interesse central, são colocadas também questões relacionadas à comunicação e às formas de interação, na defesa de um viver liberto, consciente e ideológico - e não um viver meramente libertário e inconsequente, parecendo resultar de modas assimiladas numa aceitação passiva de comportamentos tomados de modo pseudo-dogmáticos. Qual o futuro para as relações humanas? Qual a posição do indivíduo na sociedade contemporânea nessa era de tantos avatares duvidosos? Qual a consciência que temos de nós mesmos?

quinta-feira, 8 de maio de 2014

PROJETO DEONOMO

"Há uma corrente de ideólogos, mais do que de filósofos propriamente ditos, que postula simplesmente a morte do sujeito e, com ela, a do autor. Com a morte do sujeito, por algum tempo anunciado pelo mais desfibrado coletivismo - corolário talvez inconsciente da morte de Deus - , não se pode exigir a menor responsabilidade ética e estética e, muito menos, o menor tipo de discernimento face ao objeto. Qualquer coisa, portanto, passa a ter a mesma consistência ou, seguindo essa lógica invertida, a mesma vacuidade. Com a morte do autor desaparece, por sua vez, o principal fundamento que liga a mimésis à poiesis: a individualidade criadora que, uma vez descartada, implicará necessariamente a impossibilidade da própria existência de valores artísticos. E a negação de valores é a glória máxima dos profetas do desconstrucionismo. Pois desconstruir é o único ânimo que lhes resta depois do esquecimento das próprias almas e da perda total de contato com a realidade."
(Ângelo Monteiro, "Arte ou Desastre")

Marco Braga
"MPFC 110 DEFDEO13 (CASCA No. 02)"
© Todos os direitos reservados / All rights reserved
32 X 24 cm - Lápis artístico sobre papel

quarta-feira, 7 de maio de 2014

PROJETO DEONOMO - Introdução (04)

Marco Braga
"MFPC 77 RECFL12 (Por Vezes Apenas a Lua Uiva)"
© Todos os direitos reservados / All rights reserved
50 x 40 cm - Lápis artístico e tinta metálica sobre papel

Derivada de um processo, a obra em si é portadora e testemunho de vida (vivência) e propõe um convite ao diálogo, à comunicação, gerando assim uma espécie de elo entre autor e receptor, onde, nesse momento, tais papéis se mesclam e confundem - pois, na visão dos receptores, a leitura das obras passa a receber interpretações pessoais, gerando significações muito diversas daquela que poderia ter sido a vontade ou necessidade originadora da obra. A própria recepção se torna, assim, um ato criativo.

terça-feira, 6 de maio de 2014

PROJETO DEONOMO

"Haverá, algum dia, filosofia, música e arte de importância que tenham sido inspiradas pelo ateísmo?"
(George Steiner)

Marco Braga
"MFPC 66 RECFL11 (Nossa Senhora do Caos, Dama da Consciência)"
© Todos os direitos reservados / All rights reserved
40 x 50 cm - Lápis artístico e tinta metálica sobre papel

sexta-feira, 2 de maio de 2014

PROJETO DEONOMO - Introdução (03)

Marco Braga
"MFPC 48 REVFH11 (Horas No. 05)"
© Todos os direitos reservados / All rights reserved
40 x 50 cm - Lápis artístico e tinta metálica sobre papel

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Vertentes psicológicas indicariam o nascedouro da obra de arte provindo do íntimo do artista, de seu universo particular e subjetivo. Não seria então esse nascedouro resultante da personalidade do artista respondendo à sua exposição aos eventos do mundo ao redor? Explicar a(s) obra(s) por esse viés seria aceitável, porém narcísico (do ponto de vista do autor) e talvez desinteressante (do ponto de vista do receptor), e, além do mais, só quem teria as verdadeiras chaves de interpretação das obras por esse viés - se é que teria consciência disso - seria o próprio artista.

Vertentes sociais, por sua vez, indicariam o nascedouro da obra de arte como resposta ou reação ao meio. Certamente o meio influencia na criação artística, pois esta não é, e nem deve ser, algo alheio ao mundo. A não ser que o artista, seguindo por esse caminho, opte deliberadamente por uma 'anulação' de sua própria personalidade no fazer artístico - e, ao tomar tal posicionamento, não estaria ele, na realidade, chamando atenção sobre a própria personalidade? - essa leitura da obra, portanto, também remete às características da personalidade do artista.

Ambas as vertentes enveredam a um denominador comum: ao autor da obra ou, ao menos, à (suposta) intenção criativa por trás de sua geração. Porém estar diante da obra é estar diante do autor? Não. Estar diante de uma obra de arte é estar diante de algo que, ao ser concebido, adquiriu vida própria, passando a ganhar independência de seu autor - apesar de sempre manter com ele, que nesse momento torna-se também um receptor, uma relação um pouco mais íntima que aquela dos demais receptores possíveis.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

PROJETO DEONOMO - Introdução (02)

Marco Braga
"MFPC 91 DEFDEO12 (Um Sonho Construtivo)"
© Todos os direitos reservados / All rights reserved
50 x 36 cm - Lápis artístico, tinta metálica, tinta acrílica e textura sobre papel
(Coleção particular)

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Descubro-me espécie de 'arqueólogo de mim mesmo', ao mesmo tempo tomo a consciência de ser um 'construtor de mundo' - não havendo nisso qualquer sinal de pretensão pois, creio, todos somos construtores de mundos - mundos criados por (e resultantes de) buscas e tomadas de decisões; por identificações e vivências, encontros e desencontros, erros e acertos, vitórias, derrotas... A esse (meu) mundo denominei 'Deonomo, o Fluente Mundi'.

Dentre as tantas manifestações que compõem Deonomo, consideradas fragmentos de caráter construtivo, estão aquelas artísticas - as de caráter visual, denominadas 'Manifestações Fragmentais Plásticas' (MFP) e as escritas, 'Manifestações Fragmentais Documentais' (MFD).